Até que ponto realmente colocamos nosso útero como meio de revolução? Até que ponto realmente somos pertencidas de sua energia e manifestação?
Enquanto nós mulheres não reconhecermos o poder gerador que temos, não reconheceremos nosso pleno potencial. Temos de retomar nosso poder gerador. Assumir nossa capacidade mamífera! Nossa força ancestral!
Quando uma mulher fica grávida ela automaticamente começa a entender sobre o meio maternal, aos poucos, e ainda assim é um grande susto inicial. Até se descobrir uma gestação não se sabe como é, o que ocorre em nenhuma esfera e forma. Maternar então, longe disso!
Por que somos tão afastadas da ideia da maternidade? Por que nos foi imposto que ser mãe é ser infeliz, não ter tempo e nem liberdade. Até nisso o machismo comanda: na nossa ideia inconsciente de que gerar é uma prisão! Gerar é a mais pura manifestação de ser mulher e livre! Parir é sentir dor e medo em todas as esferas, sentir amor em todas as condições. Isso é libertador.
Nos tiraram a ideia de que não somos livres se realizarmos aquilo que a natureza nos fez ser! Isso é inadmissível. O feminismo que não engloba a Mãe não é feminismo engajador. Você mulher que diminui outra por que ela é Mãe, esse feminismo não é a base do que é ser verdadeiramente mulher.
A mulher ela materializa sua realidade. Ela gera em seu utero vida. Carne. Ossos. Órgãos. Alma. Espírito. Sorrisos. Ser mulher é viver do sangue e transformar-se em vida. Nosso poder começa pelo Orgasmo. Pela masturbação. Mas também pelo Parto. Pela vida maternal.
Mulheres incluam as mães na luta feminina em tudo que forem realizar. Liguem sim para todos os assuntos que envolvem a maternidade, o parto, pós-parto. Mesmo que seu desejo não é ser mãe, faça isso pela Mulher, pela luta feminina.
E digo mais: quem se tornou mãe sabe que uma outra mãe sempre vai te ajudar desde a gestação. Eu tive ajuda de tanto amigas, quanto mães que nunca nem me conheceram.
A união das mulheres mães ensinam que todas nós somos amor e integridade.
Ser mãe é o maior ato revolucionário e um grande portal consciencial que uma mulher pode sentir.
Salve a força de todas!
Autora: Juliana Nunes Farias da Silva