Crônica ordinária de uma mãe: edificando o desapego da culpa
Acho que minhas dores se fizeram tão profundas porque o processo de luto pelo qual passei foi realmente denso. Ter […]
Acho que minhas dores se fizeram tão profundas porque o processo de luto pelo qual passei foi realmente denso. Ter […]
O presente estudo aponta o ato de o Sistema Judiciário tirar o filho de sua mãe, como sequestro institucionalizado pelo Estado.
A verdadeira transformação está no falar, compartilhar, questionar e, fundamentalmente, enfrentar com coragem o fato de que sou uma mulher e mãe em processo de desconstrução.
Tenho uma planta há mais de seis anos, e ela nunca havia florescido. Seu caule se feriu não me lembro
É simples e sem culpa: existe dor de despedir-se não só da vida idealizada, mas da mãe que se imaginou capaz de equilibrar todos os mundos.
O corredor era o de número 06, como a carta dos Enamorados do tarô — não sei por que me
Tem dias que eu acordo e não sei quem sou. Agora com uma criança nos braços, criança essa que me faz viver.
No terraço, observávamos também o movimento dos papagaios que apenas ouvíamos em nossa casa. Eles elegiam as antenas para esperar o ocaso, e então buscar um lugar para dormir.
Mães são culpadas por fazer demais, por fazer de menos, por fazer seu melhor, por fazer o que dá às vezes.
A maternidade me multiplicou, me povoou, me fortaleceu.
Maternar é gerenciar conflitos com 3 reais, cola de silicone e muita paciência.
Hoje eu sei que quando viramos mãe nos tornamos outra.
Mulheres negras, mães ou não,
Feitas de força, memória e mar.
Eu era o alimento do meu filho.
Passava 24 horas por dia com ele: atenta, disponível, exausta.
Os dias passando e muitos temas na cachola. Tantos que nem eu sabia o que falar. Tudo que consegui ler era tão real.
Enquanto formos uma, é mais fácil. Para onde eu for, você vai. O que eu comer te alimenta. Agora somos uma. Depois, agora, somos duas de uma. Metade minha, metade do seu pai.
Perder um bebê ainda na gestação ou logo após o nascimento é uma dor que, muitas vezes, não encontra espaço
A lucidez de não estar perdida na maternidade e me sentir mais presente em mim mesma me tranquiliza…
Não estava em meus planos ser mãe, embora nunca tenha negado esse desejo dentro de mim. Sempre houve cobranças externas
Depois de viver um dos meus maiores sonhos, o de ser mãe, algo dentro de mim se desfez — e,
Um dia eu acordei e não havia mais sombras.Eram apenas eu e meus meninos.Uma rede me abraçou, me levantou e
O vínculo entre mães e seus bebês não ocorre a partir do seu nascimento, mas muito antes. Desde o planejamento
Depois de um mês de encontros, recebemos a notícia de que eles poderiam ir para casa conosco.
Tudo o que priva uma mãe de estar bem com seus filhos é, no mínimo, triste demais.
Um diagnóstico médico. Intolerâncias múltiplas: ao amor idealizado; à família idealizada; à maternidade idealizada.
Desde que ela nasceu, um dos meus trabalhos é não odiar meu corpo – este corpo que a produziu, que está neste formato porque a abrigou.
“O trabalho afetivo é o que nos humaniza, costura o tecido social, sustenta a infância, as escolas, as comunidades.