Jogo do “E se…”
Me desculpe, mas vou descansar.
Um diagnóstico médico. Intolerâncias múltiplas: ao amor idealizado; à família idealizada; à maternidade idealizada.
Cuidar de meu filho se converte num ato político, uma forma de resistência encarnada.
Odeio não poder sentar e verdadeiramente relaxar.Odeio a sensação de que nunca vai acabar.Odeio o fato de não te entender
Nesse entrelaçar de amor e exaustão, de doação e desamparo, entre o grito dado e o grito contido, minhas sombras — e aquilo que ainda não encontrou voz, nem cura — surgem, cruas, bem diante dos meus olhos.
Quando você ama o filho, mas odeia a maternidade, isso faz de você uma péssima mãe?
Por um tempo, tentei me enquadrar.Jogar o jogo, dançar a dança.Ainda tento, confesso.No fundo, eu preciso é me encontrar.Saber quem
Olhar para a saúde mental materna é reconhecer que, por trás da mãe, há uma mulher que também precisa de atenção e acolhimento.
Essa foto representa os últimos dias, meses e ano. Seguimos segurando nas mãos uns dos outros, sem ninguém por perto,