Mulheres-mães protagonistas da própria história

Reflexão: Eu quero um filho livre!

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Toda criança por si só tem a tendência a ser espontânea, sincera e de se posicionar sem se deixar envolver nas amarras do que é dito como “certo”, “errado” na vida. Nós, adultos, vamos tentando moldar, e por vezes, podamos a liberdade de sonharem, de se permitirem ser e viver de acordo com o que pulsa em seus corações.

E como é difícil educar sem podar o mundo imaginário e real em que eles estão envolvidos! Projeções estão ai em cada banco de escola. E como é fácil sucumbir a colocá-los dentro de um padrão, afinal, espontaneidade, autenticidade, garra e coragem são facilmente confundidos como uma má educação, falta de respeito, arrogância e mimo.

Para quem que vem a conta quando uma criança é desse jeitinho? Para a mãe, né? Se seu filho é assim, você que o criou assim, que o “robotizou” assim.

Eu já me vi nesse lugar várias e várias vezes. Arthur respondia um “não” seco e eu que pagava o pato. “Que menino ingrato!”. E eu quase cedi. É muito fácil vestir a mochilinha da culpa para ser “mãe boa”. Você passa na fila da culpa mil vezes. É fácil ser mãe de crianças que dizem sim para tudo, que entregam o brinquedo, que são calmas, que só tiram 10 e que passam a vez para todos.

Crianças que aceitam o que o mundo traz, mas que tem seus corações triturados a cada vez que cedem sem de fato quererem. E eu fico aqui pensando… do mesmo jeitinho que são obedientes nos comportamentos, serão obedientes aos sentimentos e ai mora o perigo.

Obedientes aos sentimentos de quem? Comportando de acordo com a satisfação do ego de quem? Se adequando ao gosto de quem? Eu quero um filho livre, sem cadeados para poder viver o que ele quiser ser, sem ter sua autoestima ferida e massacrada desde cedo para que a mãe seja reconhecida como “A mãe que educou bem seu filho!”.

Minha vaidade definitivamente não está no mérito do filho obediente, mas a do filho feliz. Meu amor, meu Tutuki, voa por esse mundo, e quando quiser, pousa aqui no coração da sua mamãe. Te amo, filho, do jeitinho que você é. Seja o que você quiser, mas lembre sempre, se tem alguém triste na história, repense, reveja e se emende, veja sua parcela, pague e voe.


Autora: Emanuelle Ladeia, tenho 35 anos. Instagram: @emanuelleladeia. Facebook: Emanuelle Ladeia.

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