“Quatro Letras”, de Flávia Camargo, é uma obra que narra a jornada da autora através da perda e do luto após a morte de seu filho, Igor.
O livro é estruturado em dez capítulos, cada um com uma palavra de quatro letras, como “Igor”, “Amor”, “Vida”, “Luta”, “Cura, entre outras palavras que têm significados profundos para Flávia, associados a momentos de sua experiência materna.
Cada título reflete uma etapa do processo emocional e espiritual que ela vivenciou, desde a gestação até o enfrentamento da perda e o consequente renascimento interior.
A obra não apenas compartilha os desafios de um luto materno, mas também oferece reflexões sobre espiritualidade, a importância da memória e a capacidade de transformar a dor em força.
Ao longo do livro, Flávia combina relatos pessoais com trechos de cartas dedicadas ao filho, criando um espaço acolhedor para outras mães e famílias que enfrentam a perda de entes queridos.
Ela compartilha sua vivência com a síndrome de HELLP, uma complicação rara e grave durante a gravidez, que quase lhe custou a vida, e como essa experiência a levou a refletir sobre o valor de cada dia vivido.
A autora procura, através dessa narrativa, consolar outras mulheres que atravessam o luto, propondo que, ao invés de superar a dor, é possível encontrar uma nova forma de viver com ela, sempre preservando o amor e a memória daqueles que se foram. “Quatro Letras” se torna, assim, uma homenagem não só ao filho perdido, mas também uma fonte de alento para quem lida com perdas, oferecendo uma mensagem de resiliência e de transformação pessoa.