Ser mãe atípica de três crianças raras é um convite diário à reflexão e à transformação. Vivemos em uma sociedade que, muitas vezes, confunde deficiência com incapacidade, e é nosso dever desmistificar essa associação. Precisamos educar, informar e, acima de tudo, celebrar a singularidade de nossos filhos.
Minhas crianças não são doentes; elas são seres humanos incríveis, com suas próprias histórias, desejos e potencialidades. A doença não as define. Cada dia, elas nos mostram que suas condições genéticas não são barreiras, mas sim características que fazem parte de quem são. É hora de mudar a narrativa. O problema não reside nelas, mas sim na visão estreita que muitos ainda têm sobre o que significa ser “diferente”.
Ao invés de rotulá-los como alguém com “problemas”, devemos reconhecer que o verdadeiro desafio é a falta de compreensão e aceitação que ainda permeia a nossa sociedade. O que precisamos é de empatia, informação e respeito. É fundamental que a educação comece em casa, nas escolas, nas comunidades, para que possamos construir um mundo mais inclusivo e acolhedor.
Ser mãe atípica é um aprendizado constante. É sobre ensinar meus filhos a se amarem e se aceitarem como são, e a entender que suas condições não os tornam menos capazes. Eles têm talentos, sonhos e uma força que transcende qualquer rótulo. E, acima de tudo, eles têm uma mãe que luta todos os dias para que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas.
Vamos juntos derrubar muros de preconceito e construir pontes de compreensão. Afinal, a verdadeira deficiência é a falta de amor, respeito e aceitação. Que possamos, juntos, transformar a percepção da deficiência, reconhecendo que cada ser humano é único e valioso.
Por Rebeca Santiago Alexandria – @rebecaalexandria_