A depressão entre pessoas autistas é uma realidade silenciosa — comum, subestimada e muitas vezes ignorada. Enfrentando desde cedo sobrecargas sensoriais, dificuldades de comunicação e exclusão social, muitos vivem uma luta diária contra a tristeza profunda, mascarada por estigmas e incompreensão.
Nas redes sociais, esse tema ganhou terreno: para uns, um espaço de acolhimento; para outros, um espelho de frustrações e gatilhos emocionais.” O ambiente digital pode oferecer pertencimento, mas também alimentar comparações e sofrimento. É preciso falar sobre isso com mais empatia e urgência”, alerta Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, especializada em Tratamento Integral do Autismo em Neurodesenvolvimento
Cuidar da saúde mental de pessoas autistas é mais do que necessário — é vital. Mas o tratamento precisa ser sensível, individualizado e, muitas vezes, multidisciplinar.
Estratégias que ajudam — mas não substituem o cuidado especializado:
- Apoio psicológico e psiquiátrico com profissionais que compreendam o TEA
- Rotinas estruturadas, que proporcionam previsibilidade e segurança.
- Ambientes com controle sensorial, evitando estímulos excessivos.
- Comunicação adaptada, com empatia, escuta ativa e recursos visuais.

- Incentivo a hobbies e interesses especiais, que geram autoestima e conexão.
- Grupos de apoio e comunidades neurodivergentes, online ou presenciais.
- Educação da rede de apoio: família, escola e profissionais bem informados fazem diferença.
‘Não se trata apenas de tratar a depressão, mas de criar redes de afeto, suporte e respeito. As redes sociais podem ser um aliado — mas só se a sociedade também se tornar uma. Porque, para pessoas com autismo, sofrer em silêncio não pode ser uma opção“, finaliza a Dra. Gesika Amorim.
Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo.






