Depois que me tornei mãe de menina, passei a ver tudo de forma diferente

Depois que me tornei mãe de menina, passei a ver tudo de forma diferente

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Eu sempre fui mulher, mas nunca esse título me pesou tanto depois que me tornei mãe de menina.

Eu nunca pensei muito, antes disso, nas causas femininas, nunca pensei tanto sobre feminismo.

Mas me tornar mãe da Rafa me fez olhar para o universo feminino com uma lupa que até então eu não tinha.

Me fez ter medo! Me fez enxergar o que antes me passava desapercebido
E hoje, eu só desejo que ela se torne uma mulher livre, independente, mas que tenha com quem dividir sua vida, que ela tenha amigas de verdade, como eu tenho, e que possa contar com elas sem disputa.

Que ela possa ir trabalhar com a roupa que ela quiser, sem que um nojento a aborde com um papinho mole e que faça o assédio parecer apenas uma conversa boba, que ela possa ter o corpo que tiver, e que isso não seja um problema para ela, que ela possa fazer Ballet, karatê, judô, futebol, dança clássica ou qualquer outra atividade sem se preocupar com o rótulo de que isso é de menino é isso é de menina, que ela não precise competir com outra mulher, que ela entenda que as tarefas da sua casa são tarefas de todos que ali convive, que ela seja livre para dançar, sem se preocupar que vão achá-la vulgar.

Que ela use o batom que quiser, e que isso a deixe se sentindo maravilhosa é única! Que ela se encante com a vida, e que não tenha motivos para se esconder. Que ela compre as roupas que desejar, sem se preocupar com o que está na moda e o que os outros vão dizer.
Que ela possa rir alto, ir sozinha a um bar qualquer outro lugar. Que ela possa chorar sempre que se sentir triste, sem se preocupar em parecer fraca.

Que as mulheres ao seu redor sejam tão livres quanto ela, que possam se apoiar e se divertir sem medo de parecerem ridículas ou vulgares.
Que ela ocupe o seu lugar, o lugar que ela escolher, com muita consciência. Que ela faça as suas escolhas.

Rafa, eu desejo isso à você, assim como desejo a uma geração de mulheres que logo logo estarão ocupando os empregos, as salas de aulas de universidades, os bailes, os cinemas… SEJAM LIVRES . 


Autora: Lilian Prada. Mãe, pedagoga e psicopedagoga. Apaixonada por desenvolvimento humano. Liderando e inspirando sempre! Instagram: @prada_lilian.

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