Poesia – Sobre bordados

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Talvez a maternidade seja isso

Um exercício de bordar flores

Vai e vem de linha e agulha

Aquele ponto que sai errado

Você desfaz

E tenta de novo

Desfaz

Aprende

E tenta de novo

Até que a flor se complete

E o desenho vai tomando forma

E no meio do caminho

A mãe

A mulher

Aprende que maternar

É bordar a sua vida

Com outra vida

Florescendo a cada ponto

Desatando cada nó

E livremente criando

O infinito

Aline Alves Veleda (@bordapoesia)

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