Coluna – Setembro amarelo e a saúde mental das mulheres

Melanie Wasser J8a TEakg78 Unsplash

“E aí, seu marido te ajuda?” Começo esse texto com uma pergunta simples, mas tão escutada, diversas vezes, por nós, mulheres. Seu marido, seu namorido, seu namorado, seu companheiro… Ele te ajuda? É engraçado como muitas de nós, a todo tempo, se deparam com esse questionamento, que, diferentemente, para os homens, não se aplica: “Sua mulher te ajuda?”

É estranho ouvir o contrário; soa incomum aos ouvidos. Talvez porque já estejamos tão acostumados com essa sociedade patriarcal que insiste em sufocar os desejos das mulheres e incumbir a elas a total responsabilidade pelo cuidado: o cuidado da casa, da roupa, do almoço, do cachorro, dos deveres da escola, das festinhas adolescentes, do coração partido da sua primogênita que acabou de terminar com o crush.

Isso, somado à exaustiva rotina do trabalho fora de casa — do chefe, das planilhas para entregar, das reuniões intermináveis e do estudo que não pode parar. Ah, tem ainda a academia, a dieta, o salão e os procedimentos estéticos que não podem faltar!

É sabido e notório que essa rotina maluca e estressante, de “dar conta de tudo”, tem levado muitas mulheres a apresentarem algum tipo de transtorno ou distúrbio mental. Mas como falar da saúde da mulher, em valorização da vida, quando a sociedade prega o contrário?

É necessário mudanças, às vezes pequenas, na rotina, no dia a dia, mas que permitam que as mulheres — todas elas — sejam capazes de dividir as tarefas, as responsabilidades, os afazeres diários. É preciso acolhimento, escuta, mão estendida. É preciso compartilhar a vida em todos os seus sentidos!

Autor

  • Valquiria de Martins Carbonieri

    Olá! Meu nome é Valquíria Carboniéri. Sou mãe, professora, supervisora pedagógica, psicopedagoga. Trabalho na área da educação há 20 anos. Com experiências que perpassam pelo chão da sala de aula à gestão escolar. Adoro estudar, ler e agora, tenho resgatado em mim, os sonhos da escrita... Vejo nesse caminho, a possibilidade de compartilhar experiencias, desejos e a realidade vivida a cada dia no maternar! Espero poder contribuir e aprender sempre com as colegas colunistas e com nosso(as) queridos(as) leitor(as).

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