Ser mãe é uma das experiências mais gratificantes e amorosas que uma mulher que sempre desejou ser mãe pode vivenciar. No entanto, junto com a alegria e o amor também trazem desafios significativos, sendo a exaustão um deles.
A exaustão materna é muito mais do que o simples cansaço físico e ela pode ser confundida com alguns transtornos e ser tratada de maneira equivocada. A exaustão impacta tarefas rotineiras, e esse estado também pode causar sintomas físicos, emocionais e cognitivos. É uma profunda sensação de fadiga que permeia todos os aspectos da vida de uma mãe. É acordar várias vezes durante a noite para alimentar um bebê que não dorme, lidar com as demandas emocionais e físicas de crianças pequenas, equilibrar responsabilidades domésticas, idas às terapias, médico e escola, trabalho e talvez até mesmo tentar encontrar um momento para si mesma no meio de tudo isso. A pressão social e cultural sobre as mães para serem perfeitas e a própria cobrança interna também desempenham um papel importante na exaustão materna. Muitas vezes, as mães sentem que precisam fazer tudo e estar em todos os lugares ao mesmo tempo, o que pode levar a uma sobrecarga física e emocional.
Além disso, a falta de apoio adequado à família, amigos ou parceiro pode intensificar a exaustão materna, sentindo-se isolada e sobrecarregada sem ter alguém para ajudar pode aumentar significativamente o cansaço e o estresse. É importante reconhecer que a exaustão materna é uma realidade para muitas mães, principalmente as mães atípicas e que não há nada de errado em admitir que está cansada. As crenças que atravessam gerações de mulheres ainda se fazem presentes em nossa sociedade, então uma mãe admitir que não está dando conta, que precisa se cuidar, que também tem direito de sair, namorar, viajar sem levar os filhos, provoca um sentimento de culpa e medo de ser julgada. Cuidar de si mesma é essencial para poder cuidar dos outros. Há muitas formas de autocuidado que não esbarram no financeiro que é o maior fator impeditivo de alegação das mães, quando alguém fala que elas precisam se cuidar. Aqui estão algumas maneiras de enfrentar a exaustão materna:
Peça ajuda: Não tenha medo de pedir ajuda quando precisar. Seja seu parceiro, amigos, familiares ou profissionais de saúde, ter um sistema de apoio pode fazer toda a diferença.
Priorize o autocuidado: Reserve um tempo para si mesmo todos os dias, mesmo que seja apenas alguns minutos. Tire uma soneca, tome um banho relaxante, leia um livro ou faça qualquer outra coisa que lhe traga alegria e relaxamento.
Estabeleça limites: Aprenda a dizer não quando necessário e defina limites de segurança com as pessoas ao seu redor. Não há problema em convite, recusas ou delegar tarefas para manter sua própria saúde e bem-estar.
Aceite a imperfeição: Entenda que você não precisa ser perfeito. É normal cometer erros e sentir-se sobrecarregado às vezes. Aprenda a ser gentil consigo mesma e a celebrar suas conquistas, por menores que sejam.
Pratique meditação: Estudos de neuroimagem funcional demonstraram que a meditação mindfulness pode levar a mudanças na conectividade entre diferentes regiões do cérebro, resultando em uma comunicação mais eficiente entre essas áreas. Praticar regularmente a meditação pode ajudar a diminuir a resposta do corpo ao estresse e promover uma sensação de calma e relaxamento.
Busque ajuda profissional se necessário: Se a exaustão materna estiver afetando significativamente sua qualidade de vida e seu bem-estar emocional, considere procurar aconselhamento de um profissional de saúde mental. Eles podem ajudá-lo a desenvolver estratégias para lidar com o estresse e encontrar maneiras saudáveis de gerenciar a exaustão.
Lembre-se sempre de que você não está sozinha e é perfeitamente normal se sentir exausta como mãe. Priorize o autocuidado, peça ajuda quando precisar e lembre-se de que você está fazendo o melhor que pode.
Vilma Luz