Mulheres-mães protagonistas da própria história

Para as mães que perderam seus filhos

Para as mães que perderam seus filhos

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Em um País cuja violência mata, em média, 32 crianças todos os dias, de acordo com dados da UNICEF em relatório de 12/11/2019, estamos vivendo este ano os efeitos da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), que já matou 141 crianças e adolescentes até maio deste ano, segundo dados de levantamento feito pelo G1 (infelizmente não encontrei dados mais atualizados).

Para além dessas questões, temos ainda as mães que, sequer, conseguem ver seus filhos nascerem / crescerem:

“Dados do Unicef revelam que, em 2018, 2,5 milhões de recém-nascidos morreram no primeiro mês de vida e que cerca de um terço deles veio a óbito no primeiro dia de vida. A maioria dessas crianças morreu de causas evitáveis, como parto prematuro, complicações durante o parto e infecções como sepse (infecção que se espalha rapidamente pelo corpo se não for tratada de forma rápida). Além disso, mais de 2,5 milhões de bebês nascem mortos a cada ano”.

Em síntese, não só no Brasil, mas no mundo inteiro a perda prematura dos filhos é uma realidade muito dura e cruel.

Como ficam essas mães? Como elas vivem seu luto? Como encarar essa dura realidade de perder prematuramente um filho, com a sensação de que nada poderia fazer para salvá-lo? Quem as acolhe? Como enxergar um novo sentido para a vida?

É preciso entender o coração dessas mulheres, aproximar-se delas e acolhê-las.

Não é natural para uma mãe enterrar seu filho. Nenhuma mãe espera essa lógica da vida!

E por mais doloroso que seja é preciso seguir em frente!

Eu sou Larissa Silva, uma mulher mãe de uma menina com 02 anos de idade e idealizadora do Projeto Me dê a sua mão. Criei esse projeto ao perceber que a maternidade pode ser uma trajetória muito solitária e, que apesar de todo amor e encanto que envolve, a realidade diária pode ser muito difícil.

Muitas mulheres sofrem caladas, não têm espaço de fala, ambiente propício para ser quem são. 

À muitas são atribuídas tarefas e mais tarefas, sem o direito de falhar e sonhar com seus próprios objetivos. 

E a outras, para além de todas essas questões, a dor do luto prematuro.

Eu sinto muito por todas essas mulheres. Eu tenho um sentimento de empatia que não cabe em meu peito e, exatamente por isso, tento ser “maior”, através do meu trabalho, tentando abraçar a cada uma que até mim chega.  

Para você que vive o luto, receba meu abraço e minha energia que emana amor. Não há o que ser dito, apenas acolhido. 


Autora: Larissa Silva, 35 anos, mãe de Eduarda e idealizadora do projeto Me dê a sua mão.

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