Mulheres-mães protagonistas da própria história

Sobre as dores e delícias de ser mãe

Sobre as dores e delícias de ser mãe

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Os primeiros dias com dois filhos em casa foram muito difíceis. Continuam difíceis. E apesar de ter certeza do amor que tenho por eles, a sensação de cansaço, por vezes, me inunda e me desespera. Me inunda porque o caçula acorda um milhão de vezes à noite, e durante o dia quer ficar no colo o máximo de tempo que puder.

Me desespera porque o mais velho tem crises e mais crises de birra, que só tendem a piorar somado ao fato de termos o sono fatiado em mil pedacinhos. Além disso, um quer mais atenção do que o outro, resultando em tapas para todo lado.

Foi então que em um dia normal, eu ouvi “Rique, você não me pega, lero, lero, lero”. Eles estavam brincando. Sim, brincando. Os dois. Juntos. De pega-pega. Rindo. Rimos. Foi a coisa mais linda que vi na vida. Foram de lá para cá, de cá para lá várias vezes. E assim o amor me preencheu, fez quentinho no coração.

Foi um pequeno episódio, que durou pouquíssimos minutos, mas que ficou eterno em minha memória. E posso dizer que dia a dia isso vem se repetindo, tirando lindos sorrisos de quem brinca, e de quem assiste.

Confesso que todos os dias questiono a minha maternidade. E em meio a tantos perfis de maternidade, com coaching e mentoria, como ser uma mãe perfeita, como ser uma mãe paciente, como ser a melhor mãe do mundo, como alimentar seu filho com 5 cores diferentes no prato, etc., parece que nunca sou boa o suficiente. E tudo bem. Me acolho. Depois de fazer terapia eu me acolho.

E digo mais – não é sobre perfeição. Ser mãe é aprendizagem, é se lapidar diariamente. É errar e tentar fazer melhor da próxima vez, e da próxima vez, e da próxima vez.

E vivenciando a rotina com meus filhos, penso não que estamos no caminho certo, mas que estamos seguindo o nosso caminho e nossos corações: com erros, choros, tropeços, impotência, risadas, amor e carinho. Tudo dentro das nossas possibilidades, e com uma força sobrenatural que nos faz querer continuar, e pensar que vale muito a pena. Ô se vale!

Autora: Aline Tiemi – @linetiemi

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