Mulheres-mães protagonistas da própria história

ESPECIALISTA | De olho na lupa: o consumidor-detetive

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A cada dia fica mais difícil escolher os alimentos no supermercado! Você também tem essa sensação?

São tantas informações, tantas embalagens coloridas cheias de mensagens… parece que quanto mais produtos, menos opções temos! Além disso, a alimentação representa uma enorme fatia do orçamento familiar. Não tem como falar de saúde, sem considerar o custo e o trabalho que envolve a preparação das refeições. Neste contexto, a praticidade dos alimentos ultraprocessados se instalam, pois os preços podem ser acessíveis, o marketing enche os olhos e são feitos para serem muito gostosos! Quem resiste?

Para frear ou conscientizar a população, ficou regulamentado que os produtos industrializados deveriam apresentar na embalagem um sinal de LUPA indicando se o produto contém açúcar adicionado, sódio ou gordura, em excesso. A ideia é sensibilizar o consumidor na hora de escolher o que levar para casa… A mesma legislação também obrigou as indústrias a alterarem a apresentação das informações nutricionais das mercadorias. Como vemos, todas essas medidas ainda deixam para o consumidor final a decisão do que colocar no carrinho. Então tá…

Como Nutricionista, sou repetitiva dizendo que é preciso fazer LISTA de compras. Aí já começa o trabalho investigativo: abrir armários e geladeira para saber o que se tem e o que “falta”, planejar as refeições, anotar aqueles itens que cada pessoa precisa… Sugiro que esta tarefa seja feita por muitas mãos, todos da família podem e devem participar, pensar juntos, dizer o que gosta ou não de comer, o que gostaria de experimentar… É um momento onde as crianças ganham autonomia e aumentam o repertório alimentar, conhecem alimentos e começam a aprender habilidades culinárias.

Da feira ou hortifruti, acredito que a maior dúvida seja sobre os produtos orgânicos. Os produtos orgânicos recebem uma certificação e exibem um selo, significando que estão livres de agrotóxicos ou produtos químicos sintéticos e fazem parte de uma cadeia de produção sustentável. Eles são ótimos, mas podem ser um pouco mais caros, até menores e menos “bonitos”. Não deixe de consumir alimentos in natura ou minimamente processados (arroz, feijão, tapioca, farinhas, por exemplo) mesmo sem este selo. Levar crianças e adolescentes para comprar produtos naturais é um excelente exercício para estabelecer uma alimentação saudável entre os mais novos.

As embalagens dos alimentos industrializados seduzem e disfarçam bem quando precisam. Tenha cuidado com apelos nutricionais, além de proibidos, as imagens de alimentos naturais costumam insinuar qualidade nutricional.

A interpretação dos rótulos não é uma tarefa simples, mas separei 7 dicas fáceis:

  1. Veja a data de validade.
  2. Na lista de ingredientes, o primeiro item é aquele de maior proporção no produto. 
  3. Prefira aqueles com menor número de ingredientes. A ideia é evitar os alimentos ultraprocessados, se lembra?
  4. Fique de olho na LUPA.
  5. Na tabela nutricional, vai indicar os valores por porção e por 100g. Veja também quantas porções cabem na embalagem.
  6. Ao comprar leite, verifique se o produto é COMPOSTO LÁCTEO ou LEITE. O preço do leite é mais alto, porque no composto lácteo há uma mistura de outros ingredientes, como o açúcar, reduzindo a quantidade de leite na porção. O composto lácteo tem alegações nutricionais, porém não são indicados para crianças menores de 2 anos. 
  7. Atenção aos alimentos com apelo saudável no nome ou nas imagens da embalagem. Mesmo nas prateleiras “fit”, alguns produtos podem ser tão desbalanceados quanto os outros.

Não categorize os alimentos entre bons e ruins. Procure levar para casa alimentos saudáveis que farão parte da sua rotina alimentar. Deixe as guloseimas e salgadinhos, se necessário, para momentos mais oportunos! Esta parte é de policiamento, seja firme, valerá a pena. Afinal, este trabalho ainda será mais fácil do que proibir ou controlar. 

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