Mulheres-mães protagonistas da própria história

Precisamos falar sobre a mulher que falha

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Recentemente estive envolvida em uma situação que não é muito difícil de acontecer, especialmente comigo. O Breno, meu filho de 9 anos, tinha o aniversário de uma coleguinha para ir, logo na saída do colégio. O deixei e voltei para casa para dar o almoço para meu outro filho, Felipe, que às 14h, precisava voltar ao colégio para fazer uma prova.

Pois próximo a esse horário eu recebi uma mensagem no grupo pedindo para buscar as crianças na festinha. Rapidamente respondi que levaria o Felipe e na sequência pegaria o Breno. Corri, deixei um e fui pegar o outro.

No meio do caminho fui surpreendida com um áudio no grupo falando que o Breno havia ficado sozinho, que todos os amiguinhos já haviam ido embora e ele era o último. Confesso que não consegui definir o que senti naquele momento, pois eu estava fazendo o que era possível e logo imaginei a sensação que ele estava sentindo por ser o último.

E aí vem reflexão….

Sempre que você me ver realizando algo, certamente estou falhando em outra coisa. Não consigo fazer tudo. Se estou ativamente escrevendo por aqui, certamente deixei alguma louça para lavar. 

Se estou dando conta de todas as atividades escolares, provas, trabalhos, festinhas, provavelmente não tive a chance de abrir meu computador. 

Se eu precisei acompanhar meus meninos nos jogos de futebol, foi porque deixei de cumprir algum prazo em meu trabalho. 

E se não conseguir sair para beber um chopinho é que a noite de sexta ou sábado eu dediquei para cumprir o prazo que perdi. 

E, certamente, em algum domingo, ao invés de brincar com meus filhos, às vezes, escolherei abrir uma taça de vinho e relaxar assistindo uma série.

Mas aqui está o que aprendi: é tudo parte do processo. Não sou perfeita, e tudo bem. O que importa é que estou fazendo o meu melhor, dentro das possibilidades que eu tenho, mesmo que às vezes pareça que estou equilibrando pratos no ar.

Minhas palavras sobre comunicação afetiva, amor e bondade não significam que eu tenha todas as respostas, pelo contrário, elas refletem meu desejo de crescer, aprender e ser uma pessoa melhor a cada dia.

Então, eu escolho acreditar que mesmo nos dias em que falho como mulher, mãe e profissional, continuo construindo algo bonito. 

E no fim da história o que fica é a frase do Breno: “Mãe, eu fiquei muito tranquilo porque eu sabia que você ia chegar.” É isso!

Por Fabi Dias – @fabi_diasm

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