O brincar é uma das linguagens mais potentes da infância. É brincando que a criança elabora seus pensamentos, entra em contato com sentimentos, frustrações e fantasias, desenvolve a criatividade, exercita a resolução de problemas, resolve conflitos e desenvolve capacidades físicas, perceptivas, intelectuais e socioemocionais.
A brincadeira infantil contribui para o desenvolvimento afetivo da criança, para a construção de sua identidade, para o autoconceito e autoestima. Por meio dela, a criança absorve papeis e padrões sociais. Além disso, é uma importante forma de interação, participação, convivência e aprendizado, que propicia a ampliação de sentimentos e atitudes sobre si mesma e sobre os outros.
Para a criança, o brincar é tão importante quanto respirar. Sendo algo tão vital, não faria sentido oferecer às crianças materiais e recursos que favoreçam o brincar de forma mais ampla e inclusiva? Sua criança tem acesso a esse tipo de brinquedo: boneco com cadeira de rodas, óculos, implante coclear, negro, indígena, sem cabelo, com um só braço ou perna?
Você já parou para pensar em como os brinquedos podem ser uma maneira incrível de trazer a temática da diversidade para o cotidiano das crianças? Essa é uma forma lúdica, leve e interessante de proporcionar contato com o diferente, trazer representatividade e ampliar o repertório de todos.
Se a criança só tem acesso a brinquedos que representam e valorizam um único padrão de beleza e de cidadania, vai ser muito mais difícil para ela reconhecer e celebrar a diversidade presente na sociedade.
O brincar deve ser livre, não especificar idade, não ter fronteiras e nem espaço para o preconceito e a discriminação.
Brincar é coisa séria! E, já que ele tem um papel central na estruturação da criança, oferecer um repertório mais variado de brinquedos vai contribuir muito para seu desenvolvimento e para o aprendizado sobre sua relação consigo mesma e com o outro. Você conhece ou já teve acesso a brinquedos assim?
