Mulheres-mães protagonistas da própria história

O que o autismo do meu filho me ensinou, mas serve para você também

O que o autismo do meu filho me ensinou, mas serve para você também

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As pessoas acreditam naquilo que elas veem, e, na maioria das vezes, julgam, interpretam e agem diante do que está em seus olhos.

Eu sempre fui um pouco cética quanto a isso, porque penso exatamente o contrário, um sorriso no rosto pode esconder tretas e angústias que ninguém imagina. 

Daí a premissa de: trate todos com gentileza e educação, você pode melhorar ou piorar muito o dia de alguém. Julgue menos, respeite mais. Por trás de cada pessoa existe uma história que ninguém conhece.

Em se tratando do autismo, muitas vezes, me deparo com comentários bem-intencionados, mas que carregam uma certa dose de incompreensão. As pessoas dizem: “Seu filho nem parece autista, é tão leve”. E, embora eu saiba que essas palavras vêm de um lugar de não conhecimento, elas ainda me causam uma mistura de emoções.

Entendam que não é elogio ele não parecer, porque ele é. E enfrenta suas próprias dificuldades e lutas, mesmo que possam não ser tão aparentes à primeira vista.

Sensibilidades sensoriais, dificuldades de comunicação e interação social, e precisa de apoio e compreensão em seu caminho. Cada pequena conquista é motivo de celebração, e cada obstáculo superado é uma vitória que valorizo profundamente.

Acredito que é fundamental que as pessoas entendam a diversidade dentro do espectro autista. Não devemos julgar com base em estereótipos ou expectativas preconcebidas. Ao invés disso, devemos abraçar a individualidade de cada pessoa, oferecendo compreensão, apoio e empatia (E isso serve para todos).

É aí que entra a lição: É fácil cair na armadilha de acreditar que alguém está bem apenas porque está sorrindo. Afinal, a gente aprendeu a esconder nossas dores e tristezas por trás de um sorriso. Colocar máscaras para enfrentar o mundo, com medo de julgamentos ou de nos sentirmos vulneráveis.

Ninguém é obrigado a saber sobre tudo, nem mesmo o que o outro está vivendo naquele momento. Exato. Por esta razão é que não devemos sair por aí metralhando as pessoas com nossos julgamentos. 

Vivemos em um mundo onde as palavras têm um poder imenso. Assim como elas podem criar laços de amor e compreensão, também podem ferir e causar danos irreparáveis. 

As palavras têm um impacto duradouro. Eu prefiro usá-las para construir pontes, elevar e apoiar uns aos outros. Vamos ser mais conscientes do nosso poder de comunicação e buscar sempre pela bondade e a compreensão.

 Lembre-se, a maneira como tratamos os outros reflete diretamente quem somos. 

Por Fabi Dias – @fabi_diasm

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