Mulheres-mães protagonistas da própria história

Neurodivergência para quem? 

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Por Emanuelle Ladeia | @emanuelleladeia 

Filho é caixinha de surpresa”. Educar não é receita de bolo. Comparações são terríveis, para a criança, para mãe, para todo o entorno. Até mesmo aquelas feitas com o antes e depois da própria criança. 

Não aceitar a particularidade, a condição, o momento, é sofrimento enjaulado e sem perspectivas de melhoras, posto que quando não se aceita um fato, não se pode mover nada em prol de uma vida mais leve e tranquila para todo mundo. 

É fácil opinar sobre a criação dos filhos dos outros, afinal sendo do outro, o coração não está no jogo. 

Mães serão sempre injustamente culpadas, chamadas, responsabilizadas, pelos erros e faltas dela mesma, da criança e de todo o contexto que envolve essa criança. 

Ambiente seguro de críticas, julgamentos, cobranças excessivas, é saúde mental para o binômio, que por si sós, estão tentando equilibrar a balança do “eu imaginei que seria assim, mas está sendo assim”. Logo, a carga mental está sendo gasta no processo de readaptação, não precisa de um peso a mais! 

Validemos o que as mães falam, são elas que enxergam o que ainda está na penumbra da invisibilidade. 

Não se sintam mal em recusar convites e se ausentar de confraternizações e eventos em que a probabilidade de sair do lugar com uma mala de angústia e tensão nas costas, é enorme. Há encontros que verdadeiramente são uma catástrofe para todo o resto do tempo. 

Repito! Criar filho não é tão fácil quanto parece. 

Guardem os comentários! As perguntas desnecessárias, a curiosidade vestida da maldade, a satisfação interna em ouvir a dificuldade alheia. Simplesmente porque o perfume disso é inconfundível! 

Não procurem defeito onde não tem, “não contem dinheiro na frente de pobre”, é indelicado, não é empático, não é educado, é de uma insensibilidade sem fim. É feio! 

Falar sobre características físicas a essa altura do campeonato é medíocre demais. 

Leiam mais sobre Neurodivergências, embasem suas críticas, fundamentem o conhecimento, opiniões sem perspectiva de alternativas factíveis, só ajudam a aumentar a angústia da família. 

O mundo mudou! Não dá para querer trazer a forma, o gesso, a fórmula do passado para resolver o que é mutável. 

Diagnóstico nenhum deverá ser usado para ser o vocativo, ou característica definidora/informativa sobre a criança, elas têm nome e olhos lindos! 

Façam esse exercício, procure o que tem de melhor nelas e se refira a elas dessa forma. 

Respeito é elegante! 

 
Revisão: Gisele Sertão- @afagodemaeoficial.

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