Por NFL
Em busca de um sorriso, de acolhimento, uma frase de conforto, ela anda devagarinho segurando com firmeza o bebê de 3 meses.
Sim! Há 3 meses ela está num turbilhão de emoções tentando fazer o seu melhor, tentando dar conta da casa, bebê, marido, pendência que deixou do trabalho (mesmo que uma mensagem no WhatsApp).
Pensando na possibilidade de reorganizar seu ciclo de amizades, de ter conversas sobre quantidade de mamadas, introdução de fórmulas, melhor fralda e tantas outras informações desse mundo materno.
Ela anda devagar no parquinho. Recebe alguns sorrisos pelo lindo bebê, mas também olhares de julgamento, unha para fazer, um coque mal feito, cabelo sem lavar e as olheiras bem vivas!
Ela era tímida antes de ser mãe. Mas sente uma vontade imensa de socializar, conversar, dizer: “Oi! Tudo bem?” Acho que por questão de sobrevivência e sanidade mental.
Mas percebe que mais uma vez está sozinha, pois os julgamentos e olhares são maiores que o acolhimento. Ela sorri, anda um pouco mais rápido e volta para casa meio perdida.
Chora, e em meio às lágrimas na frente daquele ser humaninho e aquele sorriso sem dentes, ela percebe que precisa aprender. Aprender a crescer, aprender a lutar, mesmo que sozinha.
Ela está há 3 meses sem sair com as amigas, sem ter conversas sobre trabalho. Ela está tentando ressignificar a sua vida, suas escolhas e seu novo Eu.
Revisado por Vanessa – @elasoqueriaescrever.
