Mulheres-mães protagonistas da própria história

COLUNA | Quando a mãe precisa de um tempo

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Da realidade cheia de demandas que não param.

Da palavra “mamãe” 150mil vezes por dia.

Da mente acelerada pensando no próximo passo.

Do corpo pedindo pra deitar, mas tem bebê pra ninar.

Da vida caótica e cheia de brinquedos espalhados.

Das madrugadas interrompidas…

É óbvio, toda mãe precisa de um tempo. É necessidade básica descansar.

Mas não é tão óbvio e tão estimulado assim.

Quantas vezes você viu uma mãe cansada, sobrecarregada, cheia de olheiras e estresse e nem ao menos perguntou como ela tava?

Quantas vezes você ofereceu ajuda pra essa mãe? Ajuda genuína, ouvindo o que ela precisa e não o que você acha que ela precisa.

É difícil sair de cena, tirar o time de campo, quando existe um inconsciente coletivo normalizando a exaustão materna.

Eu saí de cena nos últimos 3 dias, me desliguei. Tinha momentos que eu nem lembrava que tinha filho. 

Mas antes disso acontecer foi: culpa e choro. Sensação de insuficiência como “eu não tô dando conta do meu próprio filho!”

E a verdade é que precisamos esquecer a maternidade algumas vezes pra voltar pra ela mais inteiras.

Precisamos de tempo desse trabalho árduo, continuo, exaustivo e por vezes solitário pra aguentar o tranco depois.

Porque o tranco, meu amigos, quem aguenta somos nós. Em madrugadas solitárias e silenciosas. Naquele choro guardado que só conseguimos soltar no banho. Naquela vontade de gritar e precisar respirar 15x pra não fazer isso com o filho.

Voltei ontem, depois de 3 dias off.

E voltei mais eu, mais cheia de mim. Como há muito tempo não me sentia.

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