Mulheres-mães protagonistas da própria história

Antes de tudo, uma mãe com um coração grande

Antes de tudo, uma mãe com um coração grande

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Por  Michelle Romero Bacri Rispoli – @mi.rispoli

Me tornei uma mãe atípica. Mas antes disso já era mãe e, sim, faria tudo de novo ou até mais.

O processo não é fácil e acho que posso dizer por toda mãe atípica que às vezes é desesperador. 

Um dia em uma sala de espera depois de um ano do diagnóstico, escrevi isso e hoje me sinto com vontade de compartilhar, para talvez acalentar o coração de alguém.

Por vezes me pego perdida em meus pensamentos, nas lembranças de até hoje.

Durante as crises, levei mordidas, chutes, tapas (e nem sabia que eram crises).

Já chorei com você, e por você.

Já tive minhas crises também.

Já me desesperei e também já tive sabedoria de um monge quando nem esperava.

Já pensei que não tinha chão. E encontrei por você a esperança que me faltava.

Já perdi a vaidade, mas me arrumei para o trabalho com uma carinha mais apresentável.

Já perdi o sono e já quis apenas dormir.

Já tentei entrar no seu olhar e já me vi nele mesmo sem você olhar pra mim.

Já sonhei com a sua voz, mas aprendi a ouvir o que você não diz.

Já me imaginei velha com  você vivendo lindamente.

Já entrei em pânico de pensar como vai ser quando eu partir. Mas nunca deixo de acreditar que é possível mesmo quando falam que a expectativa é baixa e o tempo é outro.

Já me acostumei a não ter a mínima ideia de como vai ser amanhã e, mesmo assim, espero por ele com toda alegria porque é o nosso amanhã, porque o que sempre fica é meu amor por você!

Por mais que isso possa parecer para muitos não ter expectativa ou planos eu digo:

É que aprendi a viver a graça de cada momento. Viver mais e planejar menos.

Porque sei que tenho que trabalhar para um futuro melhor, mas também devo aproveitar o presente e curtir tudo que ele tem pra mim.

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