Mulheres-mães protagonistas da própria história

Algumas dores simplesmente não desaparecem, apenas adormecem

Algumas dores simplesmente não desaparecem, apenas adormecem

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Novamente, em nossa família, uma mãe perdeu o filho. Homem feito, com uma bebê de um pouco mais de um ano. 

A primeira a sobreviver a perde de uma filha, foi minha vó. Minha tia faleceu em 2012, meses após do meu casamento. Minha vó tinha perdido um filho no parto, mas isso me contaram, não vivi essa dor familiar. 

Contudo, em 2012, após essa perda, não imaginávamos quantas vezes mais mães ficariam sem seus filhos. Essa situação repetiram-se algumas vezes em nosso círculo familiar, abordos, doenças, drogas. A causa pouco importa, a questão que mesmo não vivendo essa dor em mim, toda vez que acontece novamente esse afronto do acaso, todas as dores adormecidas voltam novamente a latejar.

Quando engravidei o meu medo maior era passar por um aborto ou o não nascimento. Só que agora, observando a história de todas essas mães, percebo o quanto somos imponentes em relação à vida. Damos a vida por eles e não temos salvá-los em vida. 

O que posso nesse momento é esperar que a dor se acalme e consolar a dor dessas mães, dentro do possível.

Por Mariana Ferreira – @marianafe.onofre

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