Mulheres-mães protagonistas da própria história

A saudade também traz motivação

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Há alguns dias estava bem reflexiva sobre como tem sido difícil me acostumar com meu pequeno morando uma semana na casa do pai e outra comigo. Acreditava que seria ruim para ele ter duas casas e que poderia bagunçar a mente dele por ter 4 anos de idade. Somos pais jovens, o casamento chegou ao fim e para tentar realinhar a minha vida tomei a decisão de morar um tempo em São Luís.

Deixei meu pequeno aos 3 anos de idade com o pai e fui encarar uma aventura em busca de crescimento profissional. Voltei tem pouco tempo e decidimos que a cada uma semana ele fica em uma casa, para que cada um possa ter tempo para ele e tempo para si. 

A maternidade não é fácil, ainda mais quando você tem que estudar, trabalhar e ser mãe. É exaustivo, dá vontade de desistir, a culpa sempre vem com o choro da incerteza sem saber se está no caminho certo. É inevitável, muitas vezes, todas essas emoções. Também dá medo, pois a gente acha que é a única a se sentir assim. Ainda mais quando a sociedade cobra da mulher uma perfeição inalcançável e você tem que lidar com os julgamentos. Eles sempre irão existir, e é trabalhar bem a sua mente para não deixar que eles te atinjam. 

Então, penso que por um lado eu tenho uma semana para me dedicar aos estudos, aos projetos futuros e tudo que quero fazer por nós dois. Assim, consigo me sentir leve e orgulhosa do que estou me tornando, mas ao mesmo tempo é sem graça, vazio e sem grandes aventuras. Um (a) filho (a) sabe aquecer o coração sem muito esforço, preenche cada espaço com um amor simples, ingênuo e puro. E ter força todo dia para encarar o mundo por eles não é fácil.

Sempre que ele sente saudade “fura” a semana para estar comigo e eu amo isso, porque não tem coisa melhor do que matar a saudade. E essa experiência longe dele me fez perceber o quanto o amo incondicionalmente e como sou capaz de ir muito mais longe por nós.


Autora: Sou Janaisis Sousa Ripardo, 24 anos, estudante de administração, tenho um filho de 4 anos chamado Bernardo e sempre tive vontade de escrever sobre minha experiência pessoal da maternidade. Instagram: @janaisisripardo.


Este texto foi revisado por Luiza Gandini.

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