Mulheres-mães protagonistas da própria história

A Maternidade Através da Escrita

A Maternidade Através da Escrita

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 Escrever sobre a maternidade não é somente falar sobre as minhas experiências pessoais, mas é uma forma de demonstrar como as relações sociais têm impacto na nossa vida. 

Desta forma, escrevo para poder dialogar sobre o papel do cuidado na sociedade, pois o ato de cuidar precisa ser de responsabilidade de todos, e não uma função somente das mulheres. Além do cuidado, precisamos refletir sobre outros dilemas maternos como a culpa, os julgamentos, a falta de rede de apoio, a diminuição ao papel somente de cuidadora, o corpo perfeito… seriam essas questões meramente naturais? 

Escrevo para falar sobre a multiplicidade de trajetórias maternas possíveis e como cada uma de nós vive esse universo de forma distinta e única, pois cada mãe traz consigo suas próprias experiências, valores e circunstâncias de vida.  Por exemplo, algumas mulheres desejam ter vários filhos, enquanto outras optam por apenas um. Existem aquelas que sempre sonharam com a maternidade e as que se tornam mães solo e enfrentam as adversidades de uma sociedade que naturaliza o abandono paterno. Tem famílias que têm duas mães e tem aquelas que só tem avó. Existem mulheres que adotam, e ainda aquelas que não deram à luz, mas se tornam mães de afetos, mães de consideração. E ainda existem as mulheres que fazem a escolha de nunca se tornarem mães. 

Escrevo para reivindicar uma maternidade com mais direitos sociais, econômicos e políticos, pois é desta forma     que a nossa vontade de ver os nossos filhos crescerem em um mundo melhor pode se tornar realidade. 

Escrever é um ato de coragem, uma maneira de moldar o futuro, então é através das palavras que escrevo para que tornemos a maternidade um lugar também de sonhos e vontades, um lugar que não seja só do maternar, mas também do direito de poder viver, sentir e existir. 

Por Fernanda Marques Carinci – @fernandacarinci

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