Mulheres-mães protagonistas da própria história

Síndrome do Ninho Vazio, mas não tão vazio assim

Síndrome do Ninho Vazio, mas não tão vazio assim

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Agora tenho entendido melhor o porquê dessa nomenclatura, assim tão forte! É síndrome, justo por isso, porque não é só o vazio que aparece. Vem junto muitos
sentimentos e sensações; um verdadeiro caldeirão em ebulição de muitas emoções e pensamentos.

“Síndrome (do grego “syndromé”, cujo significado é “reunião”) é um termo bastante utilizado em Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto de sinais e sintomas que definem uma determinada situação, patologia ou condição.” https://www.significados.com.br/sindrome.

A minha falta e saudade são acompanhadas de muito orgulho, alegria e felicidade de ver meus filhotes crescendo, desabrochando e construindo seus próprios caminhos. E também de angústia por não poder mais ampará-los quando estão em dificuldades, pelo menos não em todos os momentos.

Às vezes me sinto à prova: será que eduquei “corretamente”? Ensinei tudo que precisava? Será que mimei de mais ou de menos? Será que vão dar conta? São questões infinitas!

É clichê, mas a verdade é que não tem muito como saber. Tenho pistas, mas nenhuma certeza! Porque junto com tudo que quis, pude e consegui oferecer aos meus filhos, entendo que cada um é singular e é capaz de elaborar, absorver e processar de formas distintas e particulares.

A ideia de onipotência da maternidade cai por terra e isso não é de todo ruim (aliás, necessária), embora às vezes seja, porque me angustia, porque quero vê-los bem sempre, como se isso fosse possível! Aí lembro de mim, do meu percurso, de tudo que vivi e vivo!

Não dou conta de tudo, não sou feliz o tempo inteiro, sinto preguiça, tenho dias ruins, faço coisas que não devia, escolho errado… a lista é grande! E por que seria diferente com eles?

O saldo é rico, cheio de nuances, de movimento e possibilidades. Como tudo ou quase tudo, um processo de descobertas pra mim e pra eles também.

Um novo começo e também continuidade. A certeza de relações que se transformam, que estão vivas e, portanto, se modificam, resguardadas por admiração, respeito e amor profundo!

Autora: Patricia Coube – @coubepsicologia.

Texto revisado por Luiza Gandini.

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