Mulheres-mães protagonistas da própria história

Ser é suficiente  

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Por Nayana de Almeida Santiago Nepomucen – @naynepomuceno 

Inspiro. Expiro. Respiro. Sentada no sofá da minha sala, toda descabelada, com um peito pra fora, meu bebê me sugando, quer dizer, mamando, olho pela janela e vejo um azul lindo com nuvens brancas, típico céu ensolarado de verão, que nós cearenses temos o prazer de contemplar em todas as estações.  

Nessa posição consigo ver também a copa das árvores que com o movimento dos ventos balançam. O verde dança em contraste com o azul do céu. Os pássaros vão de um lado para o outro, às vezes em bando, às vezes solitários, mas sempre emitindo um som gostoso.  

Respiro. Sinto uma paz tão grande invadir meu ser. Meu filho em meus braços se alimentando enquanto cochila, o som dos pássaros e o clarão do céu. É tudo tão perfeito. Nem um pensamento/sentimento ousaria atrapalhar esse momento.  

Em paz. Respiro. Estou toda torta, mas não sinto dor ou incômodo, pelo contrário é a melhor e mais confortável posição do mundo. Poderia ficar horas assim. Olho pro canto da parede e vejo meu cacto coberto pela luz do sol. Até ele deve estar em paz. Nesse instante todos são felizes pelo simples fato de ser. Ser é suficiente. 

Revisão:  Gisele Sertão- @afagodemaeoficial 

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