Mulheres-mães protagonistas da própria história

O segredo por trás do Sagrado feminino

O segredo por trás do Sagrado feminino

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O capitalismo é perverso, torna profano o que é sagrado, ele faz isso de duas maneiras: transforma o que é profundo e sagrado em algo superficial e vulgar e, assim, torna-o um produto fácil de ser consumido. Por outro lado, o que é sagrado, é tratado com desprezo e assim, além de não ter reconhecimento e valor no mercado, é marcado pelo preconceito.

É exatamente o desprezo e a desvalorização o que se relaciona ao sagrado feminino. O que é o Sagrado feminino? De maneira simples pode-se dizer que é o resgate da relação da mulher com a natureza, com os seus ciclos e com si mesma. Isso, certamente, não é nada interessante para o capitalismo porque uma mulher que faz esse resgate se empodera.

Empoderada é a mulher e, inclusive, a mãe que acolhe quem ela é, que aceita a si mesma, tem amor próprio e tem uma autoestima que não depende de fora. Essa mulher-mãe não espera que o outro a faça feliz, mas encontra uma satisfação em si mesma, se sente completa.

A mulher-mãe empoderada se compreende a partir de si mesma e não do outro, ou seja, não precisa que uma sociedade patriarcal e machista diga o que ela é nem como ela deve ser. Ela não precisa dos ensinamentos e pontos de vista predominantemente sustentados por homens modernos, a respeito da sua sexualidade.

É óbvio que mulheres empoderadas são uma ameaça para uma sociedade patriarcal e capitalista, por conta disso, predomina a cultura do menosprezo e da desvalorização da ciclicidade feminina.

Costuma-se pensar que se conectar com o ciclos mensais e, sobretudo, usar as fases da lua para compreender o funcionamento dos dramas internos e a nossa psique feminina é coisa de “bicho grilo” ou de “gente alternativa”.

Essa mentalidade, no entanto, pertence ao sistema ao qual mulheres-mães servem e que se apropria de seus corpos e da sua própria essência, um sistema que não acha interessante que você entenda o seu poder.

O fato é que as mulheres são, por natureza, cíclicas. Quando se olha para a lua no céu é para entender as fases da lua que existem em nós e que se repetem durante um ciclo menstrual. As fases da lua explicam os aspectos da natureza feminina que, na maior parte das vezes, são inconscientes.

Quando a mulher usa as fases da lua para entender a si mesma, então, ela pode se conhecer no âmbito do físico (corpo), emocional, mental e do espiritual. O reconhecimento e a observação da lua em si mesma é, portanto, uma ferramenta de autoconhecimento profunda e transformadora pois pode mudar a relação da mulher-mãe com seus filhos, com os outros, com o mundo e consigo mesma.

Agora, então, você mulher-mãe sabe que existe uma lua no céu e uma lua em ti. Sabe que conectar-se com a lua que existe em ti é sagrado, ainda que o sistema do qual você faz parte, lhe faça acreditar que é coisa de gente “maluca”. 


Autora: Tatiana Betanin, educadora e mãe. Praticante de yôga e meditação. Formada em filosofia. Educadora montessori. Compartilho um pouco do trabalho no @maternidadeeautoconhecimento.

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