Mulheres-mães protagonistas da própria história

SÉRIE | A História do Sexo — A chegada da Igreja

SÉRIE | A História do Sexo — A chegada da Igreja

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No texto anterior, falei um pouco sobre liberdade sexual e continuando a série de textos sobre a história do sexo, irei apresentar alguns fatos que aconteceram com a chegada da Igreja. Acompanhe!


Com a chegada da igreja o sexo por prazer sofreu muita repressão. O budismo e o cristianismo foram as mais famosas por estabelecer regras rígidas incluindo o celibato. A má conduta sexual era considerada crime contra Deus e perversão contra a terra e foram criadas penalidades para estes crimes. 

Se fosse descoberto ou até desconfiado que uma mulher não se casou virgem ela era devolvida aos pais para que fosse apedrejada até a morte. A masturbação também era penalizada com a morte. Os orfanatos e internatos tinham um pijama especial com bandagens na região genital para que a masturbação não fosse praticada. O sexo só podia ser praticado com fins de reprodução, apenas com posições “segundo a lei da natureza” e a mulher não podia negar o sexo ao marido, apenas em caso de doença grave. 

A luta cristã contra a sexualidade já mostrou muitas diferenças nos primeiros dois séculos em Roma. Sexo só poderia ser praticado quando houvesse casamento, viúvas não podiam ter relações nem se casar novamente, pois eram julgadas como prostitutas e passível a pena de morte. A contracepção e aborto eram julgados como assassinato.

As principais leis contra a sexualidade da época eram: não se masturbar, não fazer sexo antes de se casar (porém, os homens costumavam praticar e a igreja fazia vista grossa) e não praticar relações homossexuais. As pessoas que pensavam em fazer tais práticas chegavam até a cometer suicídio por se sentirem aberrações.

O Casamento de crianças foi ficando cada vez mais comum porque os pais queriam garantir a pureza das filhas. Porém havia muitas queixas de repulsa pois o marido costumava ser muito mais velho que a criança, isso além de mortes por infecção genital e uterina.

Casos de homens praticando o adultério eram muito comuns, mas a igreja além de ignorar os casos, ainda incentivam o aborto, tudo por baixo dos panos para que a reputação do cristianismo não caísse. O que reforça a ideia de que a mulher era apenas um objeto de procriação e entretenimento masculino.

Já o budismo criticava muito os desejos sexuais pois acreditava que na busca espiritual era necessário separar as coisas espirituais e carnais. Porém, os homens que eram considerados sagrados no budismo praticavam sexo e justificavam dizendo que o sexo simboliza o amor e não haveriam problemas espirituais. Então é difícil relacionar o reflexo do budismo na sexualidade do povo budista dos dias de hoje pois existem esses dois lados.

Bibliografia:

Stearns, 2010 | Lins e Braga, 2005 | Priore, 2011 | Portal da Saúde | 2005 OMS, 2010

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