Mulheres-mães protagonistas da própria história

Mês de Maio está chegando, e com ele, aquela famosa data comemorativa “das guerreiras maravilhosas também” – Por: Thais Coscia

Mês de Maio está chegando, e com ele, aquela famosa data comemorativa “das guerreiras maravilhosas também” – Por: Thais Coscia

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Mês de Maio está chegando, e com ele, aquela famosa data comemorativa “das guerreiras maravilhosas também” (o tal do dia das mães).

Não acho nenhum pouco correto nos chamarem de “guerreiras”, pois não somos, aliás, não fomos por vontade, foi por sobrevivência e sobreviver não era, nem de longe, o que desejávamos.

Todos os dias ouço de milhares de mulheres a seguinte frase: “QUE MERDA DE ESCOLHA EU FIZ” e essa frase está diretamente ligada à escolha de relacionamento com: “os progenitores dos filhos das GUERREIRAS “, que criamos de maneira solo, algumas completamente solo, outras que como eu, que têm uma grande sorte de ter uma ampla rede de apoio, só que indiferente da sua rede de apoio, o peso emocional e social sempre cai sobre a materna.

Essa mesma mãe que alguns enxergam erroneamente como guerreira, é a mulher que mais sofre, que se depara com seus pensamentos assombrando seu futuro, diante de um passado e um presente de abandono e solidão.

E como seguir a vida, se você carrega a culpa pelo sofrimento emocional do seu filho? Achando que é sua a culpa pelo sofrimento diante do abandono que os pequenos sentem?

Então, de maneira muito simples vou explicar.

Quando você acreditou naquele relacionamento amoroso que gerou o seu filho (foi uma escolha sua).

Quando você terminou o seu relacionamento pelas diversas incompatibilidades (foi uma escolha).

Se você colocou um basta num relacionamento abusivo que tanto te fazia sofrer (nada mais justo que isso ser sua escolha)

Se você e seu filho (a) foram abandonados e você seguiu sua vida (foi escolha sua).

POREM NÃO FOI SUA ESCOLHA CARREGAR TODA A RESPONSABILIDADE SOZINHA, PORÉM NÃO FOI SUA ESCOLHA O SOFRIMENTO DOS SEUS FILHOS DIANTE DO ABANDONO AFETIVO E FINANCEIRO PATERNO, VOCÊ NAO PODE CARREGAR CULPA DIANTE DA ESCOLHA DE OUTRA PESSOA.

A sua responsabilidade é o que você faz da sua vida, dos seus atos. É muito cruel e desumano, achar que uma pessoa só teria que suprir a responsabilidade de DOIS.

O abandono paterno tão naturalizado na nossa sociedade, a mesma sociedade que culpa e condena uma mãe por tudo, até pela culpa que não é dela, mas essa mesma sociedade nos chama de “guerreiras” nesse dia, nos outros, de irresponsáveis!

Falhamos como sociedade ao permitir esse abandono paterno tão naturalizado há décadas e que todos não enxergam ou fingem não ver, afinal a culpa é sempre da mãe e das suas escolhas, não é mesmo ?

“E para nós mães guerreiras de um dia e irresponsáveis nos outros” não se culpe, ou melhor, pare de se condenar, não carregue nos seus ombros já tão exaustos mais essa, que a sociedade insiste em dizer que é sua, pois não é, não podemos nos responsabilizar por atitudes dos outros.”

Afinal quem escolheu abandonar não foi você!

E o abandono é sim uma escolha, mas ela só não é julgada é condenada se for a paterna.

Autora

Thais Coscia, feminista Marxista, mãe, aquariana e nada convencional! Bem-vindo ao meu mundo de faz de conta, rs.

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