Mulheres-mães protagonistas da própria história

Maternidade atípica e o suicídio

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Depressão, suicídio, prevenção, são palavras habituais ao mês de setembro. São centenas de soluções carregadas de julgamentos da dor alheia. Porque a dor de uma pessoa famosa causa mais comoção que aquela pessoa a sua frente?

Quando vejo nas redes as mães atípicas perfeitas, me pregunto, quantas dores estão por trás daqueles filtros?

Criar um filho com deficiência só é lindo quando se tem os recursos necessários para isso, do contrário é ingenuidade. O que é lindo e mágico nessa jornada, é o amor incondicional por nossos filhos e a capacidade, às vezes, sobre-humana que temos de resiliência.

Infelizmente, muitos pais e mães não conseguem lidar com toda essa sobrecarga.
Mães abandonadas, casos extraconjugais, falta de recursos, isolamento social, não ter rede de apoio, frustração e a não realização profissional, são apenas alguns dos gatilhos para a depressão acontecer.

Raramente, essas mães são percebidas, a dor se instala e as que não suportam, perdem a batalha e cometem o suicídio.
Nenhum método é capaz de arrancar a profundidade da dor de alguém da noite pro dia. É preciso acolhimento, apoio, afeto.

Depressão é uma doença, e tem tratamento.

A você mãe, não busque a perfeição, isso chega a ser uma violência contra si mesma, busque ajuda. Pratique o auto amor, o autocuidado e até mesmo o auto perdão. Antes de ser mãe, você é um ser humano. Eu te entendo. Eu te apoio. Eu sou você.

A você que conhece as mães exemplares, ofereça ajuda, você não sabe quantas dores e renuncias estão escondidas ali.

Se você conhece uma mãe que silencia suas dificuldades, ela é a que mais precisa de ajuda.

Existem diversas formas de se pedir ajuda contra a depressão, é preciso ficar atento. Conscientização deve ser feita todos os dias, antes que seja tarde demais.

Autora: Priscilla Ramoni, mãe de autista

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