Mulheres-mães protagonistas da própria história

COLUNA | Depois da polêmica sobre a HQ dos dois personagens se beijando, é preciso falar urgente de diversidade.

COLUNA | Depois da polêmica sobre a HQ dos dois personagens se beijando, é preciso falar urgente de diversidade.

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Depois da polêmica sobre a HQ dos dois meninos se beijando é preciso falar urgente de diversidade. Postei uma imagem ótima do coletivo @maespeladiversidade de duas capivaras se beijando com a frase: “Que pouca vergonha! Se meu filho vê isso vai querer virar uma capivara”. Que absurdo achar que só por causa de uma imagem meu filho pode “se tornar um homossexual”, é muita ignorância!

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Hoje o Brasil é o pais que mais mata a população LGBQTI+, portanto essa causa é de todos nós. Uma violência que está acabando com as vidas dos nossos filhos, familiares, amigos.

Quando se trata de relacionamentos somos todos humanos e todos nós temos sentimentos e necessidades. Respeito é uma dessas necessidades humanas universais que precisamos desenvolver nos dias de hoje. O homem já foi a lua e ainda esbarra nessa difícil arte da convivência, no preconceito, nessa viagem de si a si mesmo, como diria o querido Drummond. Não existia o que chamamos de orientação sexual.

Eu ouvi de um amigo outro dia, a pessoa não escolhe ser hetero, homo ou bissexual, nossa sexualidade é construída a partir de um conjunto complexo de fenômenos biológicos composto por fatores hormonais, genéticos e celulares como bem lembra o Dr Drauzio Varela na coluna de hoje na Folha de São Paulo (Ideologia de gênero). “Para saber o sexo de uma pessoa o melhor a fazer é perguntar para ele” Drauzio usa a citação de Eric Vilan, diretor do centro de Biologia baseada em Gênero na Universidade da Califórnia.

Não podemos controlar o desejo sexual, portanto não se trata de uma escolha. O que precisamos é cada vez mais acolher nossos filhos e a nós mesmos nas nossas escolhas, somos o que somos, não podemos sofrer pelo que somos e não podemos deixar que nossos filhos sofram por não serem aceitos. Como todas as formas de exclusão e discriminação, o grande problema é a pessoa achar que existe algo errado com ela mesma por não atender aos padrões estabelecidos por aquele grupo.

Isso causa danos terríveis como depressão, transtornos, baixa autoestima, culpa e vidas desperdiçadas. Cada vida importa, cada pessoa importa. Sexo é um encontro de almas, é uma conexão profunda, é energia vital, que nós possamos viver a beleza deste encontro com quem a gente quiser e como a gente quiser. Ninguém tem nada a ver com isso.

Antes de fazer aquela piadinha sem graça no seu trabalho sobre quem tem uma sexualidade diferente da sua, pense nos sentimentos dessa pessoa, que ela até pode rir para se sentir parte do grupo, mas por dentro está chorando e se sentindo muito mal.

Vamos praticar mais amor e empatia porque nesses tempos difíceis o nosso grande diferencial é ser humano e nada do que é humano nos é estranho! Empatia é uma das grandes qualidades que nos torna humanos, é a nossa capacidade de sentir junto com o outro, me colocar ao lado da pessoa e enxergar o mundo pela sua perspectiva, é calçar os seus sapatos e experimentar andar com eles, um outro passo, um outro caminho onde a gente pode se encontrar para além das nossas diferenças.

Experimente, ouse ser humano!

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