Mulheres-mães protagonistas da própria história

A estética e eu

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Quando era mais nova, eu era bem magra e pretendia manter meu corpo naquele padrão. Todos diziam que eu era reta, que eu não tinha seios, que eu era bonita por ser magra, por ter um cabelão que quando estava liso fazia sucesso.
 Porém os anos passaram.

Eu engravidei e amei do início ao fim aquela barriga que abrigava dentro de si o bebê mais amado de 2014. Porém eu tirei do meu cardápio os doces; a coca cola que eu amo tanto; as frituras; as massas. Comia muitas frutas, carne e legumes. Tudo em função da minha gestação para que a mesma se desenvolvesse bem, para que o meu filho tivesse saúde. E ele nasceu gordinho, muito melhor do que eu com as minhas 950 gramas e seu pai com 1 quilo.

Eu o amamentei também por um ano e meio, mas depois que ele saiu do peito eu comecei a comer de forma diferente. Quando me sentia triste e sozinha; quando me sentia cansada até porque, na época, eu trabalhava em uma empresa que não gostava, criava meu filho sozinha, e aí, os quilos a mais começaram a me rondar, e se abrigaram no meu corpo.

– Nossa, que gorda! Como você engordou, Carol! Meu Deus, depois que você teve filho nunca mais foi magra! Você precisa comer coisas light’s.
Eu chorava. Tentava explicar o que é inexplicável.

Meu corpo mudou. Meu metabolismo também pode ter mudado, eu mudei.
Conversava com as minhas amigas sobre; e até desabafei na terapia com a psicóloga do meu antigo plano de saúde.

Já se passaram 3 anos.
Eu li sobre dieta.
Eu tentei parar de comer.
Eu tentei voltar a ser o que eu era.
Eu fiz caminhada.
Eu comi coisas sem gosto.
E eles?
Ô, eles ainda estão por toda a parte de mim.

Mas eu tirei uma lição super importante disso que eu decidi vir aqui partilhar. Vocês sabem que hoje, 3 anos depois de descobrir que meu corpo tinha se redefinido, concluo que sou feliz assim: com os quilos a mais.

Apesar de ainda ter gente que tenta me desanimar com essas palavras, outros alegam que: “Eu estou mais bonita agora do que quando não tinha filho”. Meu marido vive me elogiando com relação a isso (prefiro você assim do que do jeito que era antes).

E eu rio dele, né? Mas realmente isso não faria diferença, se eu não tivesse aprendido a me aceitar assim como eu sou hoje.Posso ser mais gordinha, usar um número maior de lingerie, mas eu estou feliz. Porque eu tenho saúde, porque meu hemograma está ok, porque eu ainda brinco com meu filho de tudo um pouco, porque eu me remodelei dentro da minha própria cabeça, porque eu aprendi a me amar.

Então, a chave de sucesso desse texto é: não importa como você é, não importa se você segue os padrões determinados pela sociedade ou não, o que vale é ter saúde e ser feliz. E aqui existe lugar pra todas nós: magras, gordinhas, de cabelo crespo, liso, baixas, altas, americanas, brasileiras, espanholas, holandesas, cegas, surdas, cadeirantes, sem nenhuma deficiência.

Todas temos o nosso espaço. Só precisamos deixar de lado os padrões determinados e seguirmos o fluxo do nosso coração, nunca deixando de nos amarmos, de nos valorizarmos, de confiarmos em nós mesmas! Porque para Deus nós somos iguais e únicas!

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