Mulheres-mães protagonistas da própria história

A criança interior que ressurge com a maternidade

A criança interior que ressurge com a maternidade

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Muitas pessoas não sabem, mas nosso inconsciente guarda grande parte das experiências que passamos durante a vida, até mesmo da nossa infância. Aquelas emoções que experimentamos e não sabíamos como lidar ou compreender, ficam armazenadas em nosso subconsciente esperando um gatilho para que elas possam reaparecer.

Quando a maternidade chega, ela traz consigo uma série de responsabilidades, emoções novas, desafios e situações que nunca lidamos e é nesse momento, ao passar a conviver com uma criança, contudo agora na posição de mãe, que vem aquele gatilho, reacendendo a nossa criança interior e trazendo de volta coisas que talvez nem nos lembrávamos mais.

É nesse instante que as emoções se afloram e a maioria dos pais pensa “mas se eu fizesse isso com minha mãe eu tomava um tapa, você não vai fazer comigo”, “se eu não comesse tudo eu não levantava da mesa, então pode raspar esse prato”, “se eu fizesse birra na rua minha mãe me dava uma surra quando eu chegasse em casa, vou fazer a mesma coisa”, pareceu algo familiar para você ? Pois é, é nossa criança não acolhida dando as caras.

Mas calma, nem tudo está perdido e você não está fadada a cometer os mesmos erros que viveu, afinal, a criança interior não é uma prisão, é uma oportunidade de cura, da gente rever o passado e ressignificá-lo.

Portanto, é importante se ressaltar, que agora temos a oportunidade de refletir sobre qual lembranças querermos deixar para os nossos filhos e nunca se esquecer, que não precisamos fazer da mesma forma.

Lidar com essas emoções pode ser doloroso, afinal, a gente só consegue curar aquilo que a gente sente, aquilo que dói, toda ferida aberta dói. As vezes, a gente não quer de jeito nenhum reviver essas sensações, foge a todo tempo de sentir, de se permitir sentir.

Uma outra coisa muito importante nesse processo é que hoje enquanto mulheres adultas podemos olhar nossa criança, perceber o que nos fez sofrer e entender que não há culpados, cada um oferecia o que era possível naquele momento, digo isso porque temos a tendência a criar mágoas, mas nesse momento precisamos sentir e aprender  que isso faz parte do nosso processo de evolução e de cura, dessa  forma conseguiremos compreender melhor a necessidade emocional das crianças e não tem nada melhor que sentir que estamos evoluindo na relação com nossos filhos.

Portanto, a maternidade é uma excelente oportunidade para  que gente possa se curar, evoluir e ressiginificar a relação com nossos filhos.

Ainda bem que nossos filhos existem.

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