Mulheres-mães protagonistas da própria história

A nova onda absurda do momento: depilação kids

A nova onda absurda do momento: depilação kids

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Os famosos pelos são motivo de muito ódio ao nosso corpo. Quando esse assunto é buscado pela internet é possível ver pessoas que acreditam que os pelos não são nada higiênicos, nos condenam por deixar alguns na virilha e axilas, nos chamam de porcas por não tirar algo que é natural e serve de proteção para nós.

Desde cedo, nos ensinam que os corpos que nascemos não são nossos. Furam nossas orelhas para parecermos meninas, nos colocam lacinhos, roupa rosa, nos inserem numa sociedade machista sem se darem conta. Adultilizam nossas crianças, deixam elas “sensuais”, um prato perfeito para pedófilos de plantão, e esquecem que com essas atitudes estão sendo treinadas a entrarem no padrão social do que é considerado ser mulher.

Oferecem clareamento genital, sabonetes íntimos de sabor, tudo o que é possível para esconder as reações naturais do nosso corpo em prol do feminino e advinha, estão levando nossas crianças junto.

Existem clínicas estéticas que estão oferecendo Depilação Kids, isso mesmo, meninas estão sendo convidadas a fazerem sua primeira depilação a cera num salão onde mulheres adultas que realizam o procedimento usam trajes de desenhos de princesas, o que deixa claro que todas ali sabem que se tratam de crianças.

Veja abaixo a chamada que parece tão absurda quanto o serviço oferecido:

São tantas questões a serem levantadas com essa nova modalidade, coisas que falamos todos os dias e chega a ser cansativo bater na mesma tecla: machismo, hipersexualização infatil, padrão estético, sociedade capitalista, o combo que pode entrar na indignação desse tipo de procedimento. Afinal, estamos falando de CRIANÇAS!

“Ah, mas a minha filha não pode se depilar então?” Veja seu questionamento além da sua filha, estamos falando sobre ensinar desde cedo meninas a odiarem seus corpos e se adequarem a uma norma criada por homens e para eles e que, infelizmente, muitas mulheres não se dão conta.

Precisamos conversar com nossas filhas sobre suas escolhas e não inseri-las num padrão que as oprime desde pequenas. Pense nisso.


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